Análise de indicadores financeiros: tudo que você precisa saber

Se você acredita que o seu negócio detém falhas ou precisa de melhorias, mas não sabe exatamente em quais pontos estão os erros, então realizar a aplicação e análise de indicadores de desempenho financeiro será a solução para os seus problemas.

Não são todos os gestores que utilizam essas medições, seja por não saberem como aplicá-las ou não entenderem sua importância, porém são instrumentos fundamentais para o desenvolvimento de sua empresa.

Explicamos tudo sobre esses indicadores neste post, incluindo seu conceito, importância, quais desses indicadores são necessários antes de fazer sua análise, entre outros tópicos. No fim, ainda expomos alguns casos de empresas reais que conseguiram sucesso ao utilizá-los! Confira!

O que são os indicadores de desempenho financeiro?

Também conhecidos como KPIs (keys-performance indicators), os indicadores de desempenho são ferramentas que medem os resultados das atividades estratégicas executadas pelos gestores em um período de tempo.

Eles são aplicados antes e constantemente após as mudanças realizadas na organização, assim, é possível detectar se resultados específicos estão performando conforme o planejado. Quanto ao setor financeiro, podemos considerar o capital, patrimônio, rentabilidade e outros elementos relacionados às finanças.

Qual a sua importância para identificação de falhas na gestão?

Para uma boa gestão contábil o gestor precisa ter em mãos dados precisos, transparentes e reais sobre seu negócio. Essas informações são fornecidas por meio de demonstrativos financeiros, como o balanço patrimonial, demonstrativo de resultados e o de origem e aplicação de recursos.

Entretanto, não basta simplesmente apresentar as informações sobre o negócio ao administrador, ele deve saber identificar falhas na gestão. Se os demonstrativos apresentarem resultados negativos, o gestor precisa de meios para saber exatamente quais mudanças devem ser realizadas.

Mesmo se os demonstrativos da empresa apresentarem resultados positivos, o proprietário poderá corrigir eventuais erros encontrados na análise de indicadores e maximizar o desenvolvimento do seu negócio.

Quais são os indicadores mais importantes a serem analisados?

A gestão financeira é complexa e envolve diferentes contas. Os indicadores são divididos em quatro categorias: de atividade, estrutura de capital, liquidez e rentabilidade, sendo que cada um deles analisa os dados da empresa sob diferentes aspectos. Confira-os abaixo.

Indicadores de atividade

São utilizados para medir a velocidade em que as contas da empresa são transformadas em vendas ou capital em caixa. Veja esses indicadores a seguir.

Giro de caixa

Expõe quantas vezes o dinheiro do caixa é utilizado para financiar atividades em um período de tempo (o ciclo do capital). Para calculá-lo, primeiro é preciso encontrar o ciclo financeiro (CCC), que é o prazo que os recursos da empresa levam para se transformarem em dinheiro, em dias:

CCC = Prazo médio de estoque (DIO) + prazo médio para receber vendas (DSO) — pra médio para pagar fornecedores (DPO)

Com esse dado em mãos, o cálculo para entrar o giro de caixa (GC) se torna mais simples:

GC = número de dias no ano (365) / CCC

Giro de estoques

Indica a velocidade com que o inventário da empresa é renovado em um período de tempo. Seu cálculo é simples, mas envolve variáveis que devem corresponder com a realidade da empresa, veja sua fórmula:

Giro de estoque = total de vendas / volume médio de estoque

Fluxo de caixa

Demonstra a movimentação financeira em um determinado período de tempo, monitorando as entradas e saídas de capital. O fluxo de caixa ainda pode ser dividido em diferentes subtipos:

  • operacional: faz apenas o levantamento das despesas e receitas em determinado prazo;
  • projetado: objetiva antever despesas e receitas futuras;
  • direto: engloba receitas e despesas de forma ampla, incluindo investimentos, capital de giro, impostos etc,.
  • indireto: considera lucros e prejuízos do período;
  • investimentos: é o valor de financiamentos que sobram após investimentos;
  • livre: avalia a capacidade da empresa de gerar capital para lidar com vencimentos a curto e médio prazo.

Indicadores de estrutura de capital

Os indexadores dessa categoria avaliam a capacidade do crescimento sustentável a partir de endividamentos e financiamentos.

Endividamento total/patrimônio

Compara a dívida da empresa perante terceiros e o investido pelos empreendedores. Assim, será possível averiguar quanto do lucro é utilizado para quitar o endividamento. Seu cálculo é idêntico ao seu nome: total do endividamento da empresa / patrimônio.

Cobertura de juros

Mede a capacidade de quitação de juros sem comprometer a geração de caixa. Aqui não se encontra o nível de endividamento, mas apenas os custos com juros. Para calculá-lo, sua fórmula é a seguinte:

Cobertura de juros = lucros antes de juros e tributos (EBIT) / despesa financeira bruta

Indicadores de liquidez

Seus objetivos são evidenciar se a organização pode cumprir seus compromissos até o prazo estipulado. Nesse tópico estão presentes 4 indicadores.

Liquidez corrente (LC)

Evidência quanto a empresa receberá em relação às suas dívidas em um período de até 12 meses. Se o resultado for menor que 1, o negócio está endividado e terá problemas em honrar seus compromissos. Veja como calculá-lo:

LC = ativo circulante (AC) / passivo circulante (PC)

Liquidez seca (LS)

Aplica lógica similar à anterior, porém ignora os estoques, que só são convertidos em dinheiro após a concretização de vendas. Na sua fórmula, apenas se remove o estoque do ativo circulante, veja a fórmula:

LS = (AC — estoque) / PC

Liquidez imediata (LI)

Contabiliza as contas que podem ser imediatamente transformadas em dinheiro. Ele avalia a capacidade de quitar dívidas de curto prazo (dentro de 6 meses). Esse indicador aponta a possibilidade de pagamento das dívidas da empresa de maneira imediata.

Corresponde a uma estimativa de quanto a empresa consegue pagar das suas dívidas com o capital disponível – caixa, banco e aplicações financeiras de retirada imediata. Sua fórmula é:

LI = Disponibilidades / PC

Liquidez geral (LG)

Contempla a capacidade de cumprir obrigações em 12 meses, mas também engloba previsões de médio e longo prazo. O cálculo envolve ativos e passivos circulantes, realizáveis em 12 meses, bem como os ativos não-circulantes (ANC) e os passivos não-circulantes (PNC), realizáveis em mais de 12 meses. Veja seu cálculo:

LG = (AC + ANC) / (PC + PNC)

Indicadores de rentabilidade

Todos estão ligados à rentabilidade e lucratividade do negócio em diferentes períodos de tempo, analisam os ganhos provenientes de vendas, capital investido e ativos em geral.

Margem operacional (MO)

Demonstra quanto o capital restante da empresa após a dedução das despesas, exceto o Imposto de Renda (IR). O resultado é um percentual que mede o lucro operacional gerado pela empresa para cada R$ 1 em vendas líquidas. Veja seu cálculo:

MO = lucro operacional / receita líquida

Margem EBITDA

EBITA, ou LAJIDA em português, é uma sigla que significa Lucros Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. Ele avalia o impacto das vendas no caixa da empresa (retorno financeiro). Confira o calculá-lo:

EBITDA = lucro operacional antes de receitas/despesas financeiras e o imposto de renda + depreciações + amortizações

Margem líquida

Similar aos anteriores, demonstra o montante restante das vendas após dedução das despesas, porém inclui o IR. Veja sua fórmula:

Margem líquida = (lucro líquido / receita líquida) x 100

Retorno sobre o investimento (ROI)

Esse índice determina a porcentagem de ganhos sobre um determinado investimento realizado. Confira-o:

ROI = lucro líquido (LL) / (AC + ANC)

Retorno sobre patrimônio (ROE)

Mede o lucro de uma empresa em relação ao que foi investido pelos acionistas ou proprietários do empreendimento. Sua fórmula é simples:

ROE = LL / patrimônio líquido (PL)

O que deve ser feito antes da análise de indicadores?

Antes de realizar a análise de indicadores na prática, deve-se preparar a análise para garantir que os dados sejam aproveitados ao máximo.

Defina os objetivos estratégicos da empresa

Toda mudança, projeto e investimento em uma empresa deve ter um objetivo bem delineado, isso também deve ser feito antes da aplicação dos indicadores financeiros. Os gestores devem:

  • estabelecer uma identidade organizacional (missão, visão e valores);
  • ter objetivos gerais a serem alcançados;
  • metas específicas, mensuráveis e com data limite a serem batidas em relação às finanças de sua empresa.

Mapeie os processos

O mapeamento consiste na organização dos processos do negócio por meio de uma representação visual de todas as etapas, pessoas, objetivos, decisões e fluxo de trabalho presentes em um negócio.

Esse é um requisito tanto para aplicação dos indicadores de desempenho como para realização de suas análises, pois permite medir separadamente cada aspecto do negócio. Para fazê-lo, é preciso:

  • determinação dos objetivos da empresa;
  • identificação de todas as entradas e saídas;
  • identificação dos clientes;
  • listagem dos componentes de cada processo, como recursos humanos, metodologias, tecnologias, uso de maquinário, energia etc.;
  • identificação dos fornecedores, parceiros e outras partes envolvidas no processo;
  • quando os processos iniciam e terminam.

Realize uma autoavaliação

Após as etapas anteriores, realize uma autoavaliação dos indicadores para verificar se estão conexos com essas definições, ou seja, se serão úteis para atingir objetivos e podem medir os processos. Para averiguar se a aplicação dos indicadores serão úteis ao negócio, faça as seguintes perguntas para cada um deles:

  • ele é útil para uma ou mais partes interessadas?
  • ele se alinha com os objetivos da empresa?
  • o resultado pode ser entendido em âmbito administrativo, gerencial e operacional?
  • o indicador é objetivo e pode ser usado para fazer medições periódicas?
  • é possível coletar seus dados?
  • há referências para comparar os resultados?

Como fazer a análise de indicadores na prática?

Com os dados dos indicadores em mãos e cumpridos os requisitos para fazer as análises, resta estudar as informações dos indicadores para averiguar se os resultados desejados estão sendo alcançados. Veja como fazê-lo a partir dos tópicos abaixo.

Verificar os resultados do indicador e compará-lo

Como os indicadores de desempenho são continuamente aplicados durante o desenvolvimento da organização, o primeiro passo é reunir os resultados anteriores e observar quais foram os impactos negativos e positivos.

O gestor deverá coletar informações passadas, estruturá-las no mesmo formato utilizado pelo indicador (como planilhas) e colocá-las lado a lado para fazer a comparação. Esse processo se tornará mais mais fácil se os mesmos indicadores estão sendo aplicados há mais tempo na empresa.

Entender o que levou ao resultado obtido

Nessa etapa é preciso encontrar o que levou aos resultados obtidos, bem como se as mudanças foram positivas ou não. Para isso, você pode descrever os processos utilizados na empresa, bem como os fatores internos e externos do período de aplicação dos indicadores.

Descrever ações passadas já realizadas e previstas

Os gestores devem pensar nas alternativas possíveis para melhorar o alcance de resultados dos indicadores em questão e aplicá-las na rotina da empresa. As três etapas explicadas devem ser reaplicadas para averiguar os resultados dos novos métodos.

Como os softwares de gestão são a melhor opção para utilizá-los?

Os indicadores de desempenho financeiro precisam ser utilizados minuciosamente. Eles devem ter uma finalidade, meta, fórmula própria para calculá-los, fonte de dados precisa e transparente, frequência de apuração e um responsável competente para estruturá-los.

Entretanto, medir resultados manualmente é bastante custoso e é uma atividade não admite erros, caso contrário poderá levar à tomada de decisões equivocadas. A melhor solução para esses problemas é a implementação de softwares de gestão financeira.

As plataformas de gestão são capazes de realizar cálculos complexos instantaneamente e sem erros. Evitam gastos com impressões, geram relatórios e planilhas de fácil entendimento e que podem atualizados em tempo real.

Esses programas consistem na melhor opção para identificar falhas e averiguar se os resultados da gestão estão sendo positivos. Para comprovar essa afirmação, expomos três casos de sucesso de organizações que obtiveram sucesso ao utilizá-los.

EIM Instalações Industriais

Essa é uma empresa que atua em instalações industriais com mais de 60 anos no mercado. Em razão de seu tamanho, seus colaboradores demoravam cerca de 5 dias para o fechamento da folha, mas graças aos softwares da Fortes Tecnologia, a atividade é encerrada em 2 ou 3 dias.

O programa integrou os departamentos financeiros, contábeis e de pessoal, possibilitando a realização de tarefas burocráticas em poucos cliques. Isso apresenta um ganho de 50% na produtividade, além de também fornecer um excelente suporte técnico.

CCA Contadores Associados

Empresa de médio porte que presta assessoria contábil e de auditoria, adquiriu o software que integrou as operações contábeis e fiscais, garantindo relatórios mais transparentes e reais por um baixo custo.

Outras vantagens observadas foram o atendimento em tempo real e o treinamento eficaz. Tudo isso permitiu que eles captam mais clientes sem reduzir a qualidade do serviço prestado.

Ciscon Contadores Associados

Empresa do segmento contábil, também implantou o software da Fortes que integra as operações contábeis e fiscais, tornando automáticas as atividades puramente burocráticas, como contabilização de pagamentos, acompanhamento de certidões, entre outras.

Aliado a um bom atendimento, o sistema permitiu que os colaboradores se concentrarem em suas atividades principais, aumentando a produtividade dos colaboradores e permitindo que se tornasse melhor a análise dos resultados de seus clientes.

Saber realizar a análise de indicadores de desempenho financeiro é essencial para verificar se os resultados obtidos pela empresa foram os pretendidos.

Fonte: Blog Fortes Tecnologia

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